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DESPORTO E IMITAÇÃO.


IMITAR PARA QUÊ?



Não precisamos de procurar muito à nossa volta para perceber que a imitação está na base da aprendizagem.
Em primeiro lugar, na natureza, os animais imitam os pais. Embora boa parte da aprendizagem seja instintiva, grande parte da mesma baseia-se na imitação.
Em informática, já nos aconteceu frequentemente pedir a um amigo:"Mostra-me como fazes, etc."
On apprend à réaliser la séquence afin de pouvoir la réaliser par la suite.
Aprendemos a fazer a sequência de modo a poder realizá-la em seguida.
A imitação é importante, pois faz-nos ganhar muito tempo.
Assim, já não precisamos de passar pelas descobertas e experiências já alcançadas pelos nossos antecessores, dado que todas as descobertas estão sujeitas a sucessos, mas também a fracassos.
Os construtores de automóveis actuais não se baseiam nos planos do primeiro automóvel para estudar um novo protótipo.

Quanto melhor imitar, mais evoluirá.



IMITAR QUEM?


As primeiras pessoas que imitamos são, obviamente, os nossos pais.
Não inventamos a forma de segurar num garfo ou numa faca.Aprendemos a falar, a ler e a escrever através da imitação.A escola torna-se depois num local privilegiado para a imitação e a aplicação da nossa aprendizagem.
Mas muito antes de nós, as civilizações copiaram-se entre elas.
Algumas importaram aprendizagens do Médio-Oriente para o Ocidente, da Ásia para o Ocidente.Actualmente, descobrimos que o homem já não é o único no planeta a transmitir o seu conhecimento, já que algumas espécies de macacos também conseguem fazê-lo.

MODELOS
NO DESPORTO.


A primeira ideia seria dizer:
OS CAMPEÕES
Quanto a este aspecto, discordo totalmente.
O campeão, na realização da sua acção, é de facto um modelo em si. Representa o objectivo final a alcançar, ou mesmo a superar.
O campeão fornece ao praticante a motivação necessária para persistir na sua actividade.
Em contrapartida, tendo iniciado muito jovem, tendo sido sujeito (e insisto neste termo, pois a vida de campeão é geralmente feita de sacrifícios) a treinos diários, ao longo dos anos, deixamos de ter consciência das capacidades de um indivíduo "normal".
O campeão é um ser excepcional, sendo que os restantes indivíduos estão muitas vezes a anos-luz destas estrelas.
Existe portanto uma categoria intermédia entre o comum dos mortais e o campeão: o educador desportivo.A sua qualidade essencial consiste em ser capaz de colocar-se ao nível de cada um e ajudar, através de várias ferramentas pedagógicas, a passar etapas na prática de uma disciplina.


IMITAR OS MAIS EXPERIENTES OU NÃO?




Seria caminhar em direcção à catástrofe.
Se ao chegar ao ginásio, um principiante – e sei do que estou a falar – não for rapidamente e firmemente acompanhado pelo instrutor, precipitar-se-á em direcção ao primeiro homem musculado da sala para lhe pedir aconselhamento.
Neste caso, a imitação é KATASTRÓFICA!
O desporto, como qualquer outra actividade, exige uma aprendizagem e proíbe saltar etapas, caso contrário, poderá sofrer graves desilusões.
Quantas vezes me foi dito ou escrito:
"Tenho um amigo que treina há 5 anos e diz que é preciso (fico encantado com a expressão “é preciso”) trabalhar por grupos musculares e comer ...".
O concertista ensaia 8 horas por dia, o pianista principiante desiste ao fim de meia hora.
O mesmo acontece no desporto, é preciso começar pelas escalas antes de dar um concerto no Pavilhão Atlântico.

Pode imitar-se o gesto do professor, mas não o treino do atleta experiente. Estamos a falar de níveis bem diferentes.

Se for principiante, obedeça ao instrutor, siga programas para principiantes e nunca se deixe influenciar pelos conselhos dos mais experientes, pois não são profissionais de ensino na disciplina que está a praticar.
Esta regra aplica-se a todas as disciplinas desportivas.