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CRESCIMENTO E MUSCULAÇÃO
ou deixemo-nos de disparates.

De acordo com as crenças populares, a MUSCULAÇÃO pára o crescimento.
Esqueçamos o termo  MUSCULAÇÃO para o substituir pelo mais apropriado:
CULTURA FÍSICA.

Embora este pareça um pouco obsoleto, abrange várias actividades:
    O TREINO CARDIOVASCULAR
    A MUSCULAÇÃO
    A FLEXIBILIZAÇÃO
    O ALONGAMENTO
A interrupção do crescimento dá-se, consoante o sexo, entre os 17 e os 21 anos de idade. Devemos esperar até estas alturas para começar a tratar do nosso corpo?
De acordo com este raciocínio, qualquer exercício desportivo que envolva um treino muscular deve ser proibido antes da idade adulta, logo, nada de desporto antes dos 21 anos de idade!
À nascença, todos os seres humanos possuem um sistema muscular completo e acabado.
Na barriga da mãe, o feto começa a descobrir o seu corpo através de gestos que respondem a sons vindos do exterior ou a posições da mãe.
Para se expressar desta forma, o feto utiliza os músculos.
Durante as primeiras horas que seguem o nascimento, os exames de saúde do recém-nascido incluem uma parte relativa ao estado neuromuscular.

Qualquer contracção muscular responde a uma ordem do cérebro através dos nervos ou a um reflexo proveniente da medula espinhal.
Um músculo não se pode contrair sozinho, sem estimulação eléctrica.
Embora o sistema muscular seja obrigatoriamente tendinoso e esteja acabado à nascença, o sistema nervoso está apenas no início da sua formação.
O cérebro não atingiu o seu tamanho normal, a construção dos nervos termina apenas por volta dos 9 anos de idade.

O desenvolvimento muscular poderá ser apenas neuromuscular, sendo que ambos são indissociáveis.
Uma criança só pode saber andar depois de se ter sentado e levantado centenas de vezes para desenvolver as coxas, os glúteos e interpretar os sinais provenientes dos pés.

A motivação para andar será também, para além da vontade de imitar os pais, a possibilidade de descobrir mais rápida e eficazmente o mundo exterior. O facto de ver uma criança andar constitui um motivo de orgulho para os pais. Ora, para isso, teve de praticar musculação, e nunca um homem manteve a sua altura de 65 cm por ter andado com um ano de idade!

A escola, através das aulas de educação física, ajuda a muscular e a desenvolver o conjunto das qualidades motoras das crianças logo na altura do infantário (ou até mesmo da creche para aqueles que têm a sorte de a frequentar).
A população francesa não tem o tamanho das crianças que andam no infantário !
No entanto, as crianças correm e solicitam, por isso, as coxas, os glúteos, as barrigas das pernas, os abdominais, e ninguém fica chocado com isso.
Quando trepam a corda, desenvolvem os antebraços, os bicípetes, os dorsais e  os abdominais sem ferir os sentimentos dos adultos.

Os estados até favorecem esse tipo de práticas e muitas vezes admira-se os desempenhos de milhares de campeões com menos de 21 anos de idade sem perguntar: praticaram musculação? 
Patrick MARTIN, o campeão francês de esqui náutico, que pratica desde muito jovem, nunca teria conseguido tal carreira sem reforço muscular. Reformou-se do desporto, como bem merecia, e não parece demasiado monstruoso.
A equipa francesa de futebol de júniores não é constituída por aberrações físicas, mas sim por adolescentes cheios de saúde.

A importância e a necessidade da prática de musculação para melhorar o desempenho de um atleta são agora reconhecidas e incentivadas.
Ninguém se torna campeão de qualquer actividade desportiva espontaneamente aos 21 anos de idade, após a interrupção do crescimento.

A frequência de um ginásio por parte de crianças antes da adolescência pode criar distúrbios de ordem psicológica, visto que o meio é geralmente constituído por adultos e que o material está mal adaptado ao tamanho de uma criança. 
Por outro lado, a criança procurará formas de actividades mais lúdicas.
Não se deve preocupar com o facto de ver uma criança desejar mudar de actividade consoante vai crescendo e se vai desenvolvendo. Os interesses são extremamente diferentes aos 7 e aos 10 anos de idade.

O adolescente  dá mais importância ao seu corpo. Descobre que este o ajuda a desempenhar uma função na sociedade. Pretende agradar e seduzir. O adolescente recorre à cultura física por vontade própria.
Para quê praticá-la às escondidas, no quarto, na casa-de-banho,  no fundo de uma garagem de um amigo? Mais vale dirigir-se a um estabelecimento especializado para ser acompanhado, aconselhado e controlado. Para quê esconder-se, como quando se fuma pela primeira vez um cigarro ou haxixe. A cultura física é uma actividade saudável e natural que só pode proporcionar à criança ou ao adolescente prazer, plenitude e auto-estima.

É preciso não esquecer que a população nova dos países ocidentais são bem mais altos do que os seus pais ou avós. Este fenómeno tem como consequência frequentes problemas vertebrais.
O reforço muscular das costas é indispensável.

A CULTURA FÍSICA PRATICADA COM MODERAÇÃO E SERIEDADE NUNCA TRAVOU O CRESCIMENTO DE UMA CRIANÇA.
Deixemo-nos de disparates.
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